quarta-feira, 10 de outubro de 2012
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
ESTUDO DE CIRCULAÇÃO, ESTACIONAMENTO E SINALIZAÇÃO RODOVIÁRIA I RUA DA PÓLVORA E RUA DA MULENGA I LUANDA I ANGOLA
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
proposta de desnivelamento campo grande l lisboa
A Proposta de desnivelamento viário, para a ligação entre o Campo Grande e a Avenida Padre Cruz ( apenas sentido de saída da Cidade), resulta no fechar de um conjunto de outras propostas de engenharia de tráfego, que assumiram a ambição de estudar a viabilidade de separar grande parte do tráfego de atravessamento, que atualmente utiliza todo o eixo central da cidade de Lisboa, estabelecendo a ligação entre o Campo Grande e o Marquês de Pombal, com óbvios prejuízos para a saúde publica.
Este eixo, representa desde há muito, uma procura de tráfego muito interessante para uma Cidade como Lisboa.
No topo do Campo Grande, temos ligação direta com a Calçada de Carriche e portanto A8, a partir da Avenida Padre Cruz e, por outro lado, também temos, a partir da 2º Circular, ligação direta, quer com o IC19, quer com a A1 – aqui importa referir, que a procura proveniente da A1, é bastante inferior à procura proveniente do IC 19, face às escapatórias e acessos alternativos ao centro , (como por exemplo Avenida Infante D. Henrique e Avenida Gago Coutinho. No outro extremo, temos ligação A5 e Ponte 25 de Abril, a partir das Amoreiras.

Assim, a proposta de desnivelar apenas no sentido de saída, todo o tráfego proveniente da zona de Entrecampos / Alameda da Cidade Universitária e Avenida do Brasil, libertando-o à superfície, já no inicio da Avenida Padre Cruz, junto ao Estádio Alvalade XXl, apresenta uma série de vantagens, desde logo ambientais – a possibilidade de se conseguir conseguir manter a fluidez viária neste canal, sem paragens, impede a libertação de partículas inimigas do ambiente, ao mesmo tempo, que poupa combustível e alivia de certa forma, os condutores ao final de um dia de trabalho. Todo este ganho, fica-se a dever sem dúvida, ao facto de com este desnivelamento, não cruzarmos 4 séries de passagens de peões, muito fortes, sob o ponto de vista de carga.
Esta solução, permite ganhos de tempos de verde para os peões, uma vez que à superfície, teremos uma diminuição da procura.
Neste Estudo, foi também estudada a compatibilização entre o traçado projetado em túnel e, a rede do metropolitano. Este processo, foi facilitado, uma vez que nesta zona, a rede de metro, não é enterrada. Foi imediatamente abandonada, a hipótese de salvaguardar também, uma ligação em túnel no sentido de entrada
de Lisboa, uma vez que, como foi referido atrás e, face a um equilíbrio muito aproximado entre fortes volumes de tráfego ( provenientes do IC19 e A8), esta ideia, revelar-se-ia, de muito difícil otimização, sendo o recurso a sinalização semafórica uma alternativa, mas também ela deficitária sob o ponto de vista da capacidade de escoamento na hora de ponta da manhã.
Apesar de hoje em dia, face à situação económico-financeira de muitas famílias, se estimar uma redução que poderá oscilar entre os 10 e os 20%, no tráfego de acesso à Cidade de Lisboa, a que, deveria corresponder, uma transferência automática para a rede de transportes públicos, tal, não está a suceder, o que nos levanta uma questão - apenas significa, que as pessoas estão a escolher cada vez mais, a deslocação a pé, para realizar as suas deslocações padrões. Neste âmbito, esta proposta, incrementaria entre outros, superiores parâmetros de segurança rodoviária, para uma zona que apesar de não ser central, sob o ponto de vista geográfico, há muito que é polarizadora em virtude dos equipamentos de ensino presentes, bem como das múltiplas infraestruturas de transporte. Esta Solução foi apresentada e defendida no âmbito das Eleições Autárquicas de 2009, pela Candidatura de Pedro Santana Lopes
proposta de requalificação urbana praça duque de saldanha l lisboa
Este
eixo, representa desde há muito, uma
procura de tráfego muito interessante para uma Cidade como Lisboa. No topo do
Campo Grande, temos ligação direta com a
Calçada de Carriche e portanto A8, a partir da Avenida padre Cruz e, por outro
lado, também temos, a partir da 2º Circular, ligação direta, quer com o IC19,
quer com a A1 – aqui importa referir, que a procura proveniente da A1, é
bastante inferior à procura proveniente do IC 19, face às escapatórias e
acessos alternativos ao centro , (como por exemplo Avenida Infante D. Henrique
e Avenida Gago Coutinho. No outro extremo, temos ligação A5 e Ponte 25 de
Abril, a partir das Amoreiras.
Assim,
a proposta de desnivelar apenas no sentido de saída, todo o tráfego proveniente
da zona de Entrecampos / Alameda da Cidade Universitária e Avenida do Brasil,
libertando-o à superfície, já no inicio
da Avenida Padre Cruz, junto ao Estádio Alvalade XXl, apresenta uma série de
vantagens, desde logo ambientais – a possibilidade de se conseguir
conseguir manter a fluidez viária neste
canal, sem paragens, impede a libertação de partículas inimigas do
ambiente, ao mesmo tempo, que poupa
combustível e alivia de certa forma, os condutores ao final de um dia de
trabalho. Todo este ganho, fica-se a
dever sem dúvida, ao facto de com este desnivelamento, não cruzarmos 4 séries
de passagens de peões, muito fortes, sob o ponto de vista de carga. Esta
solução, permite ganhos de tempos de verde para os peões, uma vez que à
superfície, teremos uma diminuição da procura.
Neste Estudo, foi também estudada a
compatibilização entre o traçado projetado em túnel e, a rede do metropolitano.
Este processo, foi facilitado, uma vez que nesta zona, a rede de metro, não é
enterrada.
Foi imediatamente abandonada, a
hipótese de salvaguardar também, uma ligação em túnel no sentido de entrada de
Lisboa, uma vez que, como foi referido atrás e, face a um equilíbrio muito
aproximado entre fortes volumes de tráfego ( provenientes do IC19 e A8), esta
ideia, revelar-se-ia, de muito difícil otimização, sendo o recurso a
sinalização semafórica uma alternativa, mas também ela deficitária sob o ponto
de vista da capacidade de escoamento na hora de ponta da manhã.
Neste Estudo, foi também estudada a compatibilização entre o traçado projetado em túnel e, a rede do metropolitano. Este processo, foi facilitado, uma vez que nesta zona, a rede de metro, não é enterrada.
Foi imediatamente abandonada, a hipótese de salvaguardar também, uma ligação em túnel no sentido de entrada de Lisboa, uma vez que, como foi referido atrás e, face a um equilíbrio muito aproximado entre fortes volumes de tráfego ( provenientes do IC19 e A8), esta ideia, revelar-se-ia, de muito difícil otimização, sendo o recurso a sinalização semafórica uma alternativa, mas também ela deficitária sob o ponto de vista da capacidade de escoamento na hora de ponta da manhã.
Apesar de hoje em dia, face à situação económico-financeira de muitas famílias, se estimar uma redução que poderá oscilar entre os 10 e os 20%, no tráfego de acesso à Cidade de Lisboa, a que, deveria corresponder, uma transferência automática para a rede de transportes públicos, tal, não está a suceder, o que nos levanta uma questão - apenas significa, que as pessoas estão a escolher cada vez mais, a deslocação a pé, para realizar as suas deslocações padrões. Neste âmbito, esta proposta, incrementaria entre outros, superiores parâmetros de segurança rodoviária, para uma zona que apesar de não ser central, sob o ponto de vista geográfico, há muito que é polarizadora em virtude dos equipamentos de ensino presentes, bem como das múltiplas infraestruturas de transporte.
Esta Solução foi apresentada e defendida no âmbito das Eleições Autárquicas de 2009, pela Candidatura de Pedro Santana Lopes – Lisboa com Sentido
terça-feira, 1 de maio de 2012
sábado, 21 de janeiro de 2012
domingo, 1 de agosto de 2010
Estudo de Circulação e Estacionamento Freguesia das Fontainhas l Cascais Projecto de Regulamento de Trânsito
A elaboração do Projecto de Sinalização de Trânsito da Zona 20 l Freguesia das Fontainhas, visa a
obtenção de um instrumento de planeamento municipal funcionalmente eficaz, que
vai muito para além de qualquer Projecto ou Regulamento de Trânsito, na sua
verdadeira essência. O Projecto apresentado, ultrapassa qualquer análise
puramente ligada às questões funcionais de sinalização rodoviária expressas e
descritas em Regulamentos e Normas de trânsito, cada vez mais presentes nos
muitos estudos e projectos entregues nas nossas autarquias.
O Projecto, a seguir apresentado, está fortemente linkado a uma profunda
análise das condições físicas e consequentemente funcionais existentes na Freguesia,
no que diz respeito à problemática do trânsito e das questões dele resultantes
– circulação viária; circulação pedonal; estacionamento; transporte público e,
sinalização.
Ele nasce de um intensivo trabalho de campo, onde a observação das muitas
variáveis ligadas ao ambiente rodoviário, foi fundamental para perceber todas
as ambições da população, e encaminhá-las para uma solução técnica sutentável, do ponto de vista funcional,
económico, mas acima de tudo, que privilegie as condições de segurança, de
todos aqueles que utilizam esse mesmo ambiente, numa óptica em que a partilha
do espaço entre o peão e o automóvel, surgem assim, como grandes constantes, de
cada uma das medidas apresentadas.
As constantes discussões com o corpo técnico da Divisão de Trânsito da
Câmara Municipal de Cascais, contribuíram de facto, para que o resultado final, resultasse na
implementação de algumas das medidas propostas, ainda antes mesmo do Projecto
ser entregue formalmente nos Serviços.
De reforçar, que a maturação do presente Projecto, é assinalada, a partir
do momento, em que após a recolha das muitas sugestões e reclamações levantadas
pela população e entregues pela Câmara Municipal, foi possível a partir do
cruzamento dessa mesma informação com a
recolha e trabalhos de campo efectuados e, desse cruzamento, terem resultado
apontamentos e soluções para todas essas questões.
A zona de intervenção do plano a elaborar incide na zona de Fontainhas,
Freguesia de Cascais, delimitada a Norte pela 3ª Circular e A5; a Nascente pela
Avenida de Sintra; a Sul pela Rua das Fontainhas e a Poente, pela Rua de São
Bernardo e Rua de São José.
De referir, que de acordo com o
espírito do trabalho efectuado em ambas as Zonas, a delimitação física não
corresponde inteiramente à análise efectuada, pelo facto de ser impossível
conseguir cortar as duas zonas ao meio, e separá-las das suas funções
permanentes de interconectividade, de
pessoas e veículos, resultado de fusões e trocas entre pessoas, bens e mercadorias, onde o veículo surge como
elemento de transferência.
Proposta de Reordenamento para a Avenida Engº.
António de Azevedo Coutinho
O propósito da intervenção nesta artéria, , encontra-se resumido num único
sentido, o de poder servir-se deste troço, para fazer desviar todo o tráfego de
atravessamento, que utiliza a Rua de Alvide e que depois se dissipa, por outros
percursos alternativos, entre eles, a Rua de São José , a Rua de Alvide e a
Rua da Escola. Esta permanente diluição de fluxos numa rede viária local não
preparada, tem vindo a estimular a prática de velocidades excessivas, entre
outros abusos. Assim, a transposição de entradas e saídas na Freguesia,
recorrendo a esta artéria, surge como forma de renovar eixos centrais,
devolvendo-os ao peão e a outras funcionalidades, longínquas da presença
massiva do automóvel.
Para que este cenário seja concretizável a curto prazo, a proposta aponta
para reduzidas alterações a nível de obra física, aliás, as mesmas alterações,
apenas resultam de uma pretensão na requalificação urbana, onde faz parte um
aumento considerável na oferta e formalização de estacionamento, locais
próprios para a operacionalidades das cargas e descargas, bem como de um local
próprio para a paragem da carreira de transporte público.
Finalmente, esta medida, assenta num reforço da sinalização direccional, de
modo a poder ao mesmo tempo, colmatar a escassez existente, bem como completar
o circuito de sinalização direccional previsto para as duas zonas.
Proposta de Ordenamento para a Rua de
Alvide I
Sul
O esboço da solução apresentada, retrata uma série de alterações, que visam
adequar este troço, a uma nova procura. Esta procura, já enquadrada num novo quadro de hierarquia
viária, vê renovadas as suas especificidades funcionais. Por um lado, a sul,
em cerca de metade da sua extensão, até ao entroncamento com a Avª.
Engenheiro António de Azevedo Coutinho, é utilizada como eixo de entrada e
saída na Freguesia.
Esta função já anteriormente exercida, mas agora, fruto de restrições à
circulação de pesados, assente em proibição absoluta de paragem /
estacionamento, está mais liberta para servir de canal / eixo transmissor entre
os fluxos que apenas utilizam a Freguesia como ligação entre a 3ª Circular e a
Avenida de Sintra.
Na outra metade, a norte do entroncamento, o troço em causa, assume um
papel mais forte e disciplinador, no capítulo do acesso local. Uma nova postura
a nível do desenho urbano /viário, com uma duplicação na oferta de
estacionamento. A juntar a este reforço na oferta, ainda mais importante, é a
sua formalização junto dos condutores, repartindo espaços até hoje, mais uma
vez infelizmente.
A ligação à Avª. Engenheiro António de Azevedo Coutinho, é assegurada num
entre cruzamento, onde é dada prioridade aos fluxos de saída e, onde a viragem
à esquerda para quem é proveniente da Avenida de Sintra, é assegurada por uma
via exclusiva, com bastante capacidade de acumulação.
Proposta de Reordenamento para o Largo das
Fontainhas
Este espaço, pela sua localização estratégica,
assume na presente proposta, um carácter
de devolução de espaços próprios para a circulação pedonal, até agora sujeitos
à escala do automóvel. A restrição feita em arruamentos anteriores, a volumosos
fluxos de tráfego, castrantes de qualidade de vida local.
Assim, após a remoção de grande parte da
intensidade de tráfego actual, o desenho urbano proposto, aproveita para
disciplinar movimentos, criando uma hierarquia de zonas próprias para paragens,
melhorando a eficácia e a rotatividade de funções associadas à frente
comercial existente.
Nesta filosofia, não podemos esquecer a tradição
existente neste local como espaço de
troca intermodal. Esta característica, única na Freguesia, deverá merecer toda
a atenção, por forma a não continuarmos
a cometer os mesmos erros ao
nível do desenho urbano, continuando a
assistir à transferência de potenciais utilizadores de transporte
público, para o transporte individual.
Proposta de Reordenamento da Rua de Acesso
ao Lidl
A proposta de intervenção, aqui preconizada,
salvaguarda o aproveitamento dos perfis existentes, para garantir um novo
acesso a partir da rotunda. Esta nova função, estimulará o desvio /
atractividade de parte do fluxo viário, que acede à superfície comercial,
utilizando até hoje, outros arruamentos.
Paralelamente a este redesenho, é proposto uma
reavaliação na oferta / procura de estacionamento
marginal à via. Assim, optou-se por um intenso aumento na oferta formal, e uma
diminuição na ilegalidade das infracções
cometidas
Proposta de Ordenamento para a Rua de
Alvide I
Norte
A Rua de
Alvide, tal como referenciado na Zona
22, é a artéria na Freguesia, onde a requalificação urbana tem vindo durante a
feitura do presente estudo, a ser alvo de uma operação de requalificação. Este
mesmo arruamento, pela inexistência de alternativas, sempre constituiu um
instrumento de ligação entre o Norte da
Avenida de Sintra e a 3ª Circular.
A proposta resultante da solução apresentada em
termos globais, para fazer o desvio de tráfego, a partir da Rua de São José e, apesar das recentes obras de melhoramento a
Norte da 3ª Circular, junto ao Nó da A5, existirá sempre um tráfego nem sempre
residual, que continuará a utilizar o eixo 3ª Circular I Rua de São Bernardo I
Rua de São José
I Estrada de Alvide, para aceder a Norte da Avenida de Sintra. No entanto a
forma de segregar este tráfego, como alma deste estudo, também aqui neste
arruamento, deixará as suas marcas. Quer através do estreitamento da largura
útil do arruamento, quer através das constantes e repetidas zonas de
atravessamento propostas, quer ainda recorrendo a medidas complementares e paralelas
a todo o eixo atrás mencionado.
No fundo, o que está subjacente à presente
proposta, é que após a implantação das soluções apontadas, juntamente com
outras em carteira por parte do corpo
técnico da Câmara Municipal de Cascais, tenderão a “criar mais dificuldades”,
ao condutor, vendo-se este prejudicado nas velocidades agora praticadas,
estando ainda obrigado a ceder mais
vezes a passagem aos peões nos locais próprios.
A reforçar este princípio, a criação de novas
zonas de atravessamento pedonal, entre as duas frentes urbanas de cariz
residencial existentes na Rua de Alvide, vem de novo dotar a “Rua”, enquanto
local privilegiado ao uso do peão.
Proposta de Reformulação para o Cruzamento da Rua de Alvide I
Rua da Escola
O desenho viário proposto, tenta dar resposta
a algumas constatações de risco observadas, onde merecem destaque, o excesso de velocidades, a falta de disciplina
nos movimentos, a escassez de sinalização de código e, um desenho inadequado
aos fluxos viários.
A solução técnica apresentada, resultou numa
situação de circulação giratória, onde a automática diminuição nas velocidades
praticadas, fruto das deflexões provocadas na aproximação ao centro da rotunda,
além de causar a tal atenuação da velocidade,
também salvaguarda a travessia dos peões, agora com outro conforto e
visibilidade para ver e ser visto.
Paralelamente a esta solução, aproveitou-se a
proximidade da Rua das Flores à rotunda
projectada, para desenhar um entroncamento à Rua da Escola, com saídas directas
em segurança, para futura beneficiação deste arruamento, ao nó existente na
Avenida de Sintra, podendo esta solução vir a constituir, uma reserva de
capacidade ao serviço da Câmara Municipal de Cascais, num futuro próximo.
Houve ainda necessidade de salvaguardar a
compatibilidade deste redesenho, com o abrigo existente, o qual não oferecia
qualquer tipo de condições de utilização aos seus frequentadores. Assim,
procedeu-se aà sua deslocação para a Rua de Alvide, a Norte da rotunda
projectada.
1.1 Estacionamento
Analisada as propostas de alteração ao nível da
Circulação, chegou a altura de ser enquadrada a problemática do estacionamento,
como meio complementar em todo o esquema viário proposto. Em relação às
propostas ao estacionamento, são descritas de seguida as grandes linhas de
actuação:
- A formalização da oferta,
disponibilizada na via pública
através da clara delimitação dos lugares de estacionamento,
acompanhada de sinalização
adequada, limitando legalmente o espaço oferecido para esse efeito;
- O Controlo da procura
deverá ser realizado através do ordenamento da oferta e da tarifação da zona mais consolidada;
- Construção de bolsas de
estacionamento para suprir as necessidades de estacionamento dos residentes (procura nocturna)
Complementarmente poderá ser equacionada a construção de bolsas
aproveitando os largos e pracetas, mais afastados dos eixos
principais, o que só deverá ser implementadas
mediante o interesse evidenciado
pelos moradores – Esta medida, permitirá
ainda criar uma alternativa para o actual estacionamento de longa
duração que actualmente
solicita o núcleo antigo;
- Formalização do
estacionamento marginal à via – aumento da oferta de estacionamento,
disperso por todas as artérias analisadas no presente estudo, como peça
integrante na resolução dos principais problemas detectados.
As medidas propostas para satisfazer esta determinação passam por
uma clara definição da oferta de
estacionamento que desincentive a
indisciplina a que hoje se assiste , acompanhada pela criação
de uma zona de estacionamento tarifado englobando as vias do núcleo mais densificado, junto ao
Largo de Alvide. Naturalmente que o aumento da oferta é uma medida sempre muito
acarinhada, sobretudo em zonas residenciais.
Relativamente à formalização da oferta, esta passa por demarcar e sinalizar
adequadamente as zonas afectas ao estacionamento na via pública, identificando claramente as ilegalidades e promovendo uma
procura mais disciplinada.
A oferta legal de estacionamento na via pública
(actual), foi estimada contabilizando o número de lugares de estacionamento
legais existentes ao longo das vias, obtidos directamente dos levantamentos
efectuados na primeira fase do estudo. A proposta de reordenamento parte desta
oferta, reduzindo-a de todos os
lugares que ponham em causa
as caracteristicas
geométricas dos espaços de circulação
pedonal e rodoviária.
É importante salientar que a oferta na via pública
não é aumentada fisicamente, já que o estacionamento ilegal, deixará de ter lugar e será respeitado o espaço destinado a cada utilizador: veículo e peão, melhorando deste
modo a imagem da cidade e o ambiente urbano.
Observa-se ainda que, a oferta agora proposta na via pública é
suficiente para acolher a procura legal em metade das zonas analisadas,
subsistindo apenas deficits
irrelevantes, junto à zona da superfície comercial – melhorar a sinalização de
acesso ao parque de estacionamento exclusivo da mesma, seria uma solução para
minorar a procura ilegal temporária.
1.2
Sinalização
Após o levantamento da sinalização vertical /
horizontal bem como a informativa, foi realizado um Plano Orientador de Sinalização - Zonamento (
Este zonamento foi definido em função da
homogeneidade em termos de
acessibilidade aos vários pontos do território da área de estudo, tendo
como pressupostos uma utilização equilibrada das componentes da rede viária, nomeadamente principais acessos e eixos de hierarquia superior 3ª Circular e
Avenida de Sintra.
Consideraram-se assim ___ zonas
diferenciadas para as quais, de uma
forma iterativa se identificaram os
percursos de encaminhamento / desvios preferenciais a partir dos principais acessos ao exterior
da zona de estudo e do anel de distribuição que caracteriza a rede
viária interna da Freguesia.
A informação expressa nesta solução
técnica, permitirá ao corpo técnico da
Câmara, identificar e priorizar os
principais pontos de localização para
colocação da sinalização de encaminhamento para as zonas idntificadas, servindo
isso de base para a organização do
sistema que poderá vir a substituir a actual proliferação desordenada das
placas de informação. O mesmo se passa
no que diz respeito ao sistema de
sinalização de orientação para o encaminhamento aos principais pólos e
equipamentos da área de estudo e destinos exteriores, importando no entanto, à própria Autarquia, em diálogo
aberto com as Freguesias e diversos parceiros territoriais, identificar claramente quais os que se pretendem ver identificados e avaliar a necessidade de
localizar sinalização adicional já no interior
da própria zona.
Embora este vector seja de extrema importância,
para a correcta implantação deste
Regulamento de Trânsito, a mesma deverá ser acompanhada de uma melhoria generalizada da sinalização.
Assim, deverá ser tida em especial
consideração os seguintes casos:
- De modo a uniformizar a
sinalização horizontal, é proposta a sua correcta demarcação em toda a
Freguesia. Esta deverá ser
cuidadosa de modo a não se tornar redundante nem abusiva. Eventualmente
resumir-se-á à delimitação da
própria faixa de rodagem, paragens de transportes públicos, lugares de
cargas e descargas, lugares de residentes, vias condicionadas, separação
de sentidos e passadeiras. As situações obsoletas deverão ser corrigidas.
- A sinalização
direccional, deverá ser alvo de uma
profunda reformulação, dando-se destaque aos principais destinos,
sinalização de zonas de estacionamento – parques públicos, sinalização dos
principais equipamentos.
- A selecção da informação
a ser apresentada nas placas informativas, quer esta se trate de sinalética de orientação referente a pólos na Freguesia, quer a
destinos externos a esta, quer a informação de carácter publicitário /
comercial. A existência sistemática de postes de sinalização com mais de 6
placas deverá ser abolida. – Mini
Plano de Sinalização Informartiva Local
É importante
que no caso da sinalização
direccional, sejam
observadas algumas regras para que o seu objectivo seja atingido.
- A sinalização direcional
deverá ser do mesmo tipo e deverá
ser apenas a estritamente necessária;
- Não deverá ser permitida
a sinalização direccional de empresas privadas uma vez que isso induz o aparecimento de muita sinalização sem qualquer interesse para o condutor comum que fica saturado,
não identificando a sinaçização que
lhe é util;
- Em cada prumo não deverão
ser colocados mais do que sis
placas com destinos;
- A regra para a ordem da
colocação de placas de cima para
abaixo deverá ser: em frente; à esquerda; à direita;
- Dentro de cada direcção a
ordenação deverá ter em conta a importância do destino. No caso de várias
placas, estas deverão ostentar o
fundo com a côr mais apropriada para que os condutores possam de forma célere identificar o
destino
- Passarão a estar bem
identificáveis, os portões que funcionem como avisadores da entrada em meio urbano, o que se pretende venha a impor condições de circulação mais seguras através da
redução implicita da velocidade de
circulação no interior da Freguesia
Fará ainda parte desta proposta, assente nos
princípios atrás evidenciados, com duas situações que resultam directamente das
propostas apresentadas:
- A regulamentação da quantidade e qualidade da informação a ser disponibilizada;
- A formalização dos lugares de estacionamento;
1.3 Circulação pedonal
Toda a proposta apresentada, remete na medida do
possível para a requalificação e
valorização dos circuitos pedonais existentes, viabilizando e creditando a
continuidade desses mesmos circuitos, salvaguardando valores de segurança passiva em cada ponto
desse mesmo circuito.
Pretende-se que a extensão desses circuitos, até
aos equipamentos existentes na Freguesia, bem como a conectividade com os
vários pontos de contacto com a rede de transportes públicos, frentes
comerciais, seja salvaguardada em termos de segurança nos atravessamentos,
através de um desenho que permita ao condutor identificar na aproximação à
passagem de peões, o peão na sua fase de atravessamento.
Ainda no capítulo dos atravessamentos,
rectificaram-se algumas situações, que pela largura do arruamento, obrigaram à
sua diminuição, quer através da aproximação e alargamentos dos lancis, quer
através da colocação de uma ilha, que possibilite ao peão atravessar o
arruamento em duas fases.
A criação de mais passagens de peões, algumas em
locais estratégicos, tem um objectivo duplo, seja na perspectiva de poder
diminuir as velocidades praticadas, quer no âmbito da criação de um ambiente
rodoviário rodeado de instrumentos que visem estabelecer a rua como espaço
público de estada, circulação e fonte de lazer.
O desenho dos circuitos pedonais existente,
mereceu assim, a sua integração no desenho final do arruamento, por forma a
compatibilizar as novas faixas de estacionamento; faixas de aproximação às zonas de abrigo, bem
como com as redefinições geométricas propostas.
1.4 Transporte Público
Em relação à rede de transportes públicos
existente na Freguesia, e no âmbito de competência da Câmara Municipal de
Cascais, houve a necessidade de alterar o actual quadro de acessibilidades aos abrigos
existentes, bem como dar resposta à
resolução dos problemas resultantes do
conflito com circulação viária, nos
momentos do embarque /desembarque dos passageiros.
Como descrito no levantamento das actuais
condições de acessibilidade à rede de transportes públicos que serve a malha
urbana existente, foi automático a obrigatoriedade de considerar esta variável,
com o mesmo peso que todas as outras, em virtude da mesma, ter de ser entendida
a nível do desenho urbano, como carente de espaços próprios, quer para
acesso directo dos passageiros – criação de circuitos pedonais de ligação com a
restante rede pedonal, bem como destinar novos espaços resguardados e desviados
do perfil de arruamento, para criar
zonas de paragem exclusivas.
Assim, de todos os abrigos analisados, todos
eles sofreram uma remodelação nestas vertentes, com o fim de dar resposta a
estes dois condicionalismos técnicos.
No que concerna,
à Informação a disponibilizar ao
utente dos transportes públicos colectivos – actualmente já em tempo real em algumas Cidade
Portuguesas – parece algo primitivo que as paragens existentes na zona em estudo, não
possuam informação relativa quer ao horário, quer ao percurso efectuado
pelas carreiras que as servem. Em casos extremos, nem a indicação do número
da carreira é fornecida. Assim
O arranjo dos espaços adjacentes às paragens
de autocarro é igualmente proposto. É imperativo proibir o estacionamento de veículos, retirando a demarcação de
lugares, nos espaços em frente às
paragens, impedindo a aproximação dos autocarros e dificultando o acesso dos utilizadores aos
mesmos. O ligeiro afastamento dos abrigos, aos locais de atravessamento, também
tem como propósito, salvaguardar a segurança dos seus utilizadores, na fase de
travessia.
Propostas de
Remodelação na Acessibilidades ao abrigos existentes no Largo da Rua de Alvide
De modo a possibilitar nesta Freguesia, uma mais eficiente utilização dos
transportes públicos, permitindo até a captura de novos clientes, a par das
medidas apontadas anteriormente, julga-se que deverão ser dados passos firmes
na disponibilização de informação, que aumenta o nível de
percepção da qualidade que se tem
do operador e consequentemente a confiança depositada no mesmo, através de:
1.
O display da informação deverá ser uniforme de modo a transmitir segurança e fiabilidade
de serviço ao utilizador;
2.
Dotação de paragens de autocarros com informação relativa às carreiras que as carreiras solicitam, bem como reserva
de espaço na via e no passeio para as mesmas.
1.5
Conclusões
Descrevem-se de seguida, aquelas que nos parecem ser as principais
conclusões resultantes da realização
deste estudo, naquilo que poderá funcionar como uma matriz de intenções:
- Melhoria qualitativa das condições
de circulação, nomeadamente através
do redesenho de algumas
intersecções ou de outro tipo de gestão, já que o alargamento de algumas vias / ou construção de alternativas se revela de difícil concretização;
- “Barramento físico”,
assente na sinalização direccional que possibilite o encaminhamento do
tráfego de atravessamento, distribuindo-o pela Avenida Engº. António de
Azevedo Coutinho, fazendo diminuir o peso de algumas zonas com pendor
natural de atravessamento,
permitindo uma maior coesão entre diferentes núcleos habitacionais;
- Inibição dos
movimentos e fluxos mais
penalizantes, actualmente verificados. A supressão de alguns movimentos
específicos fortemente conflituantes com a liberdade de circulação do peão,
bem como da elevada percentagem de pesados, são objectivos fulcrais para o
sucesso deste estudo.
Julgamos que com a implementação das medidas
propostas de reordenamento, em interligação com o Município de Cascais, poderá
potenciar a alteração do comportamento abusivo, enquanto condutor, quer na nprocura
de estacionamento ilegal, quer nas velocidades praticadas.
O papel pedagógico e fiscalizador reservado às
forças policiais, deverá ser na medida do possível de acompanhamento reforçado
nesta primeira fase de implementação das medidas propostas.
1.6
Recomendações
- Interdição imediata
na elevada solicitação por parte de veículos pesados
provenientes malha viária
envolvente. Esta particularidade virá reflectida nas condições de operacionalidade da
situação actual;
- Perante o exposto, deverá
ser dada prioridade à monitorização
do funcionamento das presentes intervenções propostas e,
a sua posterior análise, tendente à
realização de propostas que
mitiguem os problemas entretanto verificados.
- Necessidade de realizar
este tipo de estudos e projectos de sinalização, com a mesma filosofia de
intervenção, em outras zonas, onde estes e outros problemas locais,
interferem no dia a dia das populações.



























